segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FESTA AFROLITERÁRIA NANDYALA Livraria

Salve vozes!

“Literaturas Africanas e Afrobrasileira na sala de aula: refletindo sobre a Lei 10.639/2003” (Seminário Internacional)

Este foi o tema de Grandes discussões entorno da implementação da Lei 10.639 que tomaram parte de todo sábado (29/08). As implicações sobre a voz literária dentro das salas de aula vieram dos autores presentes: Odete Costa Semedo (Guiné-Bissau), Conceição Evaristo, Jussara Santos, Sonia Rosa, Prisca Agustoni, Madu Galdino, Consuelo Dores, Ondjaki (Angola), Edimilson de Almeida Pereira e Rubem Filho.

Fizemos alguns apontamentos sobre a questão da periferia e seu lugar de posição nas Ações Afirmativas (plano de metas para a implementação das culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas e universidades). Ouvimos muito sobre a importância, como nos disse o autor Angolano ‘camarada’ Ondjaki, “de se repensar a identidade, principalmente nos locais de exclusão como a periferia”, além de ressaltar os princípios do que ele mesmo preferiu chamar de “atos culturais, ou atos políticos”, que são as atividades culturais que fomentam essas discussões. Entendemos que o sarau da Coletivoz, como vários outros pelo Brasil, é um desses lugares que precisa inspirar outros movimentos pelos “Brasis” periféricos. Como bem declarou o digníssimo e, diga-se de passagem, muito afetuoso e respeitoso Edmilson de Almeida Pereira sobre a diferença entre as periferias brasileiras. Segundo ele, “falamos de uma periferia urbana, que se diferencia da rural por um modelo de estruturas, mas que tem características muito próximas e iguais, como a ausência total do Estado”. “A ausência do Estado nessas regiões permite que haja o constante auto-extermínio; a arquitetura de violência em que as gangues, o domínio do tráfico de drogas, grupos de extermínio, entre outros se apropriam dessa ausência do poder público para promover a pena de morte em detrimento da impunidade”, como concorda também o autor Rubem filho, presente na mesa de depoimentos. Ainda com Edmilson, ouvimos que as “associações culturais orientam a capacidade criativa dos locais de exclusão” e que, “a escola é um lugar que deve ser capaz de injetar elementos de vigor da periferia, ou seja, sua produção artística e humana”, o que entendemos ser parte do valor simbólico do nosso povo.

Um encontro que reforça nossa luta por uma voz mais potente contra a falta de acesso da periferia, contra o descaso público, que nos deixa entre as guerras urbanas em extermínio e a notícia é sempre balela, mas quando se trata de um assassinato na zona sul, é invasão declarada do favelado: o caos urbano no meio da elite.

À luta, à voz!

Rogerio Coelho

Edmilson, Ondjaki, Rubem e Iris amâncio.


Prisca Augustoni, Sônia Rosa, Aracy alves e Consuelo Dores


Valeu Edmilson!









terça-feira, 25 de agosto de 2009

A verdade do Boi Rosado

Como todo encontro do boi rosado, que já tive o prazer de participar, a festa restava nas cores. Miscelâneas coloridas, em saiotes de chita, sempre dão o tom da mais agigantada verdade do boi; de sua defesa em presença de rei, na cidade de pedra, em que vem transfigurado de gingados e cores. Talvez, esse colorido seja a própria transcendência do boi, que no sertão, detêm-se acinzentado pelo castigo do sol, e quando vem contar seu fulô na cidade abastada, mostra-se rico e, igual faceiro. Rico com toda representação da cultura do povo do sertão, e faceiro pra causar o alarido das canções impregnadas na memória de todos os povos: “Tá caindo fulo, êh boi, tá cindo fulo...”.
Se falo de encontro, é porque se encontram também, mutuamente, as raízes dos sertanejos de Guimarães Rosa; as gravações profundas da cultura popular: no estalido do papel; na imensidão da página, na lonjura da criação. Tão seco é o sertão, tão grande a cidade e tão rica a criação dos que transitam entre esses mundos. Tal Boi desvairado de histórias a contar junto aos homens inacabados da cidade, tais os homens a recriarem infâncias de cantigas, das folias de reis, da catira, do congado, da extensão de suas memórias.
Elemento único pra descrever esses encontros é, talvez, a imensidão de nossa alegria e brincadeira. Porém, devemos nos deter a outro que é ainda mais importante, justamente, por se tratar de nossa atividade cultural permanente, que rege forças para um levante contra um mundo de injustiças e perver(c)idades. Esse elemento é o único que pode definir um estreito caminho que há entre o homem e o sertão; a criatividade e a morte; entre a cidade e a construção do homem que nela reside.
De qual elemento que falo? Do Infinito.















À luta, à voz!
Rogério Coelho

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sarau a poética e a dialetica que vem da periferia



Sarau Coletivoz
Convida todos para,



Terças Poéticas
Jardins Internos do Palácio das Artes.
Dia 18 de agosto as 18h30
Entrada Gratuita


A poética e a dialética da periferia”


Poetas-Rappers:

Ice Band

E os Sobreviventes:

Rogério Coelho (Sarau Coletivoz)
Mc Léo AN (Comando Mineiro do Rap)
Black W
Rapper Blitz
(Crime Verbal)
Ti-Julim (Elemento Ponto S)
Bill e L.A Drão (Movimento Periferia Criativa)
Eli (Arte Favela)


Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, Centro) Informações: (31)3236-7400






Divulgação

sábado, 15 de agosto de 2009

Brilhantes poetas

Muita energia na exposição de INÁCIO SERTEBRALHE. Companheiro na militância cultural, ele se diz apenas um apaixonado pelo click verdadeiro e justo sobre a vida dos nossos contemporâneos.

Curtam ai algumas fotos.
Valeu demais inácio.

À luta, à voz!

Rogério Coelho










Grande DW "A corte", e Cia.









terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Brilhantes operárias"

Salve Poetas!

Nesta quarta (05) temos o prazer em receber o fotógrafo Ignácio Sertebrale, que trará ao Coletivoz sua exposição "Brilhantes Operárias". Um olhar minuncioso sobre o trabalho fundamentado das mulheres de Contagem. Vamos conferir!!


À luta, à voz!

Rogério Coelho


Jornal O tempo, sobre a exposição:

Homenagem às mulheres

Exposição itinerante que retrata histórias de "Brilhantes Operárias" de Contagem.
Elas fizeram história e deram impulso às conquistas femininas, cada vez mais freqüentes. Enfrentaram preconceitos, foram ridicularizadas, mas não desistiram. Assim como elas, mulheres da década de 70, muitas outras ganharam seu espaço no mundo. O projeto, desenvolvido pelo fotógrafo Inácio Sertebralhe Filho e apoiado pela Revista PontoCon, Prefeitura Municipal de Contagem e Secretaria Municipal de Saúde, retrata, ao longo deste período, a realidade de algumas mulheres da cidade que, além de mãe, esposa e dona do lar, desenvolvem atividades até pouco tempo consideradas masculinas, por exemplo, ser juíza de futebol, motorista de ônibus e motogirl. "Gosto de fotografia desde os meus 9 anos e depois de um tempo de trabalho passei a observar o dia-a-dia das mulheres de Contagem, principalmente as que desenvolvem atividades até pouco tempo consideradas masculinas", conta o artista Inácio. De acordo com o secretário da Saúde de Contagem, Eduardo Caldeira Souza Penna, esta parceria entre órgãos públicos e privados só contribui para que Contagem possa homenagear e mostrar a força e conquistas das mulheres do município. "Com fibra, trabalho, dedicação e carinho, nossas mulheres ajudam a construir uma cidade com mais saúde e cada dia melhor."