terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ultimo Sarau da Coletivoz





Final do ano sempre nos inspira novos desafios e conquistas, como também um reflexão minuiciosa do que foi o ano. Podemos dizer que em 2009 foram muitos os obstáculos enfrentados, mas também muitas foram as conquistas.






O blog, este que nos serve com suporte, com seus posts e imagens revela essa grande “pequena” trajetória do primeiro ano de existência. Um ano, com muita voz que ecoou da música, da dança, da literatura, e principalmente da voz da realidade periférica.





Desde o primeiro dia, quando nasceu a idéia de se fazer o sarau, a única certeza que tínhamos era que precisávamos do povo; das vozes. Vozes que traduzissem a realidade contemporânea, calada durante anos pela ditadura, pela opressão e por uma mídia capitalista alienante. Obstáculos? Sabíamos que seriam muitos. Afinal dar voz a um pais que só aprendeu a escutar a VOZ DA TELEVISÃO, era ousado e arriscado; nossa “geração coca-cola, que viu nas favelas e senados sujeira por todo”.










Indagava; “Que pais é esse?”










No Coletivoz, tentamos, de quarta em quarta, responder a essa implicação, não apenas com uma voz, mas com várias. E foram muitas as constatações. Pudemos, através de Kdu dos Anjos, ouvir que “A auto-suficiência em petróleo não pode evitar mais um velório/Vou parcelar em 10x pra comprar um Mizuno, isso aqui é terceiro mundo”. Ou na rima de Dw, que já viu Homem fazer roupa, mas nunca roupa fazer homem.”







Constatamos também que vivemos na era do consumismo, do capital e da descrença. Uma realidade recheada de produtos futuristas, e poucos frutos pra necessidade geral. A fome de consumo só alimenta as instituições, enquanto aos pobres, resta-lhes acrescer ao “estômago do mundo”, noutra fome que “impera no cu da televisão”, como diz Rogério Coelho. Sentimos essa tragédia faminta de mais vítimas, assim como a morte que chega pelo calibre violento, da vida que acaba antes da barba na cara; antes que o Estado maior conheça essa face de cara impotência. Fácil nunca é, nunca foi. Como bem nos diria nosso saudoso amigo Reinaldo Maia, que repentinamente teve a voz calada pela dama do véu negro. Porém, é a excelência é que nos guia: velha herança desse nosso companheiro de lutas, que agora deixa sua essência em cada um de nós.




Assim, o Sarau da Coletivoz continua alimentando os “seus” com as vozes ácidas, doces, sutis, poéticas, casuais ou de denúncia contra todo tipo de exclusão, seja ela qual for, no ato da palavra ela se torna fundamental para o desenvolvimento de todo espírito.







Venha, e sirva-se à vontade.







À luta, à voz!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Kdu dos Anjos e Douglas Dim revelações do RAP mineiro lançam CD

A família de rua do “Duelo de MC’s” mostra as duas grandes revelações do Rap de BH nascidas no palco improvisado debaixo do viaduto Santa Tereza



Kdu dos Anjos



Douglas Dim













segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coletivoz no museu da pessoa

Imaginem aquela sua história mais íntima e pessoal.; profunda e profusa; de transformação pessoal ou coletiva; de revolta e de luta; de ideal e de razão; de infância ou da juventude abstrata. Imaginem agora essa história sendo ouvida de peito aberto, de coração exposto; de conjugação igual à tantas outras do nosso Brasil. Foi exatamente essa experiência que praticamos no último final de semana (21 e 22/10) a convite da ONG Oficina de Imagem e do projeto UM MILHÃO DE HISTÓRIAS DE VIDA DE JOVENS. O Coletivoz foi uma das instituições mineiras selecionadas a participar e se tornar multiplicadora do projeto. Assim, vamos começar com alguns ciclos de histórias para coletar, abrigar, receber sua todas as histórias de jovens de nosso entorno e parceiros. todas as histórias acolhidas farão parte do acervo do MUSEU DA PESSOA (http://www.museudapessoa.org.br/).
Mesmo que todas as visões e revisões de nossa vida atendam um conteúdo altamente poético, ou necessáriamente ácido, temos um tempo guardado; uma voz guardada de questões. desaguar essas questões de vida, essas reclamações do tempo, é compartilhar com nossos iguais a necessidade de um novo fazer histórico. Sim! um novo fazer histórico que nasce do seio da população, dos simples que estão em todo lugar. Substituimos assim as histórias canônicas, dos "grandes", pela nossa própria, com todos os detalhes que dedicamos à ela. Mais que praticar a socialização dessas histórias, o projeto http://www.ummilhaodehistorias.org.br/ de jovens vem traduzir a real necessidade dos jovens brasileiros em suas diversas áreas de atuação e vivência. Por aqui, ficamos a ouvir as histórias de guerra e de paz dos jovens negros e de toda periferia.

À luta, à voz!

Rogério Coelho

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Festejo Popular Coletivoz

Indescritível! Foi a linda recepção do público, ainda muito tímido, por devida carência de movimentos culturais do Bairro independência; Foi a maravilha de cores, que nos trouxe a Cia Circunstância de palhaços; Foi a brincadeira contagiante dos foliões adormecidos, dentro das pessoas, no interior de seus interiores; foi a alegria, avessa a qualquer dificuldade dos dias na periferia, em prol do apego a qualquer preço, à graça do Boi Rosado; Foi a decência da luta, embalada pela música cubana de Pepe & Luna, e escancarada pela voracidade da banda Efecto, por uma voz que se estreita no poder da fala; foi a revolução armada do Hip-Hop e seus filhos de hoje: CDR Trincamente, Kdu dos Anjos, DW a Corte, Ice Band, CMR, Reação da Favela, LA Comboio de Loucos, entre outros tantos guerreiros.

Foi Mais! Melhor, “é” mais! É a energia humana das crianças do tambor CIAC Vila Pinho, que levantaram do chão desse grito de independência. É isso que permanece em nosso espírito guerreiro para continuar o levante.

Em especial aos guerreiros que trabalharam fielmente pelo encontro: Kaká (tudo no seu nome!!), Jessé Duarte, Kdu dos Anjos, Vanessa Duarte, Jéssica Pessoa, Lucas de Pedro, Ronildo, Ângela Maria, Maria Helena, José Herculano, Dnª Zinha.

Obrigado, povo lindo, por sua luta e sua voz, nesse primeiro aniversário da Coletivoz.

Rogério Coelho











terça-feira, 1 de setembro de 2009

ANIVERSÁRIO 01 ANO COLETIVOZ FESTEJO POPULAR



Você tem voz?

Quem ouve coisa parecida pode ter um estranhamento óbvio por não ter nenhuma deficiência na fala, que o impeça de falar. Bom, se eu falo, logo, tenho voz! Certo? Sim, está certo. Mas, lhe digo, caro amigo e amiga: há quem não fale, mas tem maior voz do que outros tantos falantes, que falam apenas contra o vento. A voz de que falo é aquela que surge quando há uma dúvida fundamental a resolvermos com o mundo; quando temos algo a dizer, expressar; uma raiva, ou uma palavra de amor; uma denúncia ou uma verdade. Voz que insiste em sair do peito quando vemos alguma injustiça, na rua de nossa casa ou no congresso Nacional. Fora ladrão! Ou Fora político! Voz que se estreita entre aquela carta de amor, que eu escrevia quando jovem, e guardo para reler minha inocência perdida no tempo, e na rapidez dos dias, todas as vezes que abro minhas gavetas cheias de passado. Voz que vem naquela necessidade de escrever sobre meu dia; sobre como foi, ou como gostaria que fosse, ou como desejo que seja meu amanhã, talvez. Voz que me obriga a me rebelar contra as injustiças que todo governo comete, quando deixa que eu fique sem saúde, esgoto ou educação, e tenho que chutar algumas portas para conseguir auxílio, porque não tenho “dinheiro” para abri-las.
A voz de que falo surge quando há uma questão que nos oprime diante de uma solução; quando há algo que queremos saber a todo custo, e enfim, perguntamos, questionamos, escrevemos, gritamos, choramos, duvidamos, brigamos, nos declaramos, seja por o amor ou por o ódio. Enfim, é o momento em que deixamos nosso EU interior falar por nós, na esperança de que o mundo mude, ou que ele seja do tamanho de nossa necessidade; do nosso amor; de nossa razão e fúria; de nosso medo e paixão diante da vida, da morte ou do Deus que acreditamos ou não.
A voz de que falo, queridos companheiros, é aquela que não conseguimos comprimir dentro de uma caixa, ou dentro de um peito; dentro de uma folha em branco ou no limite de algumas linhas no papel; dentro de uma periferia ou de uma cidade. Ela tem o tamanho de nossa revolução interior, que pode atingir um vizinho malcriado, um político torto, um(a) namorado(a) amado(a), um cachorro sarnento ou um governante descarado.
Vou repetir a tal pergunta: Você tem voz?
De certo, agora você deve ter algo a dizer: SIM, minha vida! Esta é a voz que o mundo precisa ouvir para ser um lugar mais digno. Acredite! Lugar em que eu possa compartilhar a dor e o amor alheios, e faça com que eu tenha mais força para viver e conquistar meu espaço, defender minha natureza e origem e repensar minha identidade.
E a COLETIVOZ é o SEU lugar de contar ao mundo sua trajetória de vida. Poema no lugar de amor, fúria e denúncia em forma de poesia, cotidiano em forma de crônica, pedra no lugar de caminho, corpo presente no lugar da voz, tudo isso representa o que temos a dizer.
Ei, psiu...
E você, vai ficar ai calado?
Venha para a COLETIVOZ, sarau popular sem fins lucrativos, partidários ou religiosos.















segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FESTA AFROLITERÁRIA NANDYALA Livraria

Salve vozes!

“Literaturas Africanas e Afrobrasileira na sala de aula: refletindo sobre a Lei 10.639/2003” (Seminário Internacional)

Este foi o tema de Grandes discussões entorno da implementação da Lei 10.639 que tomaram parte de todo sábado (29/08). As implicações sobre a voz literária dentro das salas de aula vieram dos autores presentes: Odete Costa Semedo (Guiné-Bissau), Conceição Evaristo, Jussara Santos, Sonia Rosa, Prisca Agustoni, Madu Galdino, Consuelo Dores, Ondjaki (Angola), Edimilson de Almeida Pereira e Rubem Filho.

Fizemos alguns apontamentos sobre a questão da periferia e seu lugar de posição nas Ações Afirmativas (plano de metas para a implementação das culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas e universidades). Ouvimos muito sobre a importância, como nos disse o autor Angolano ‘camarada’ Ondjaki, “de se repensar a identidade, principalmente nos locais de exclusão como a periferia”, além de ressaltar os princípios do que ele mesmo preferiu chamar de “atos culturais, ou atos políticos”, que são as atividades culturais que fomentam essas discussões. Entendemos que o sarau da Coletivoz, como vários outros pelo Brasil, é um desses lugares que precisa inspirar outros movimentos pelos “Brasis” periféricos. Como bem declarou o digníssimo e, diga-se de passagem, muito afetuoso e respeitoso Edmilson de Almeida Pereira sobre a diferença entre as periferias brasileiras. Segundo ele, “falamos de uma periferia urbana, que se diferencia da rural por um modelo de estruturas, mas que tem características muito próximas e iguais, como a ausência total do Estado”. “A ausência do Estado nessas regiões permite que haja o constante auto-extermínio; a arquitetura de violência em que as gangues, o domínio do tráfico de drogas, grupos de extermínio, entre outros se apropriam dessa ausência do poder público para promover a pena de morte em detrimento da impunidade”, como concorda também o autor Rubem filho, presente na mesa de depoimentos. Ainda com Edmilson, ouvimos que as “associações culturais orientam a capacidade criativa dos locais de exclusão” e que, “a escola é um lugar que deve ser capaz de injetar elementos de vigor da periferia, ou seja, sua produção artística e humana”, o que entendemos ser parte do valor simbólico do nosso povo.

Um encontro que reforça nossa luta por uma voz mais potente contra a falta de acesso da periferia, contra o descaso público, que nos deixa entre as guerras urbanas em extermínio e a notícia é sempre balela, mas quando se trata de um assassinato na zona sul, é invasão declarada do favelado: o caos urbano no meio da elite.

À luta, à voz!

Rogerio Coelho

Edmilson, Ondjaki, Rubem e Iris amâncio.


Prisca Augustoni, Sônia Rosa, Aracy alves e Consuelo Dores


Valeu Edmilson!









terça-feira, 25 de agosto de 2009

A verdade do Boi Rosado

Como todo encontro do boi rosado, que já tive o prazer de participar, a festa restava nas cores. Miscelâneas coloridas, em saiotes de chita, sempre dão o tom da mais agigantada verdade do boi; de sua defesa em presença de rei, na cidade de pedra, em que vem transfigurado de gingados e cores. Talvez, esse colorido seja a própria transcendência do boi, que no sertão, detêm-se acinzentado pelo castigo do sol, e quando vem contar seu fulô na cidade abastada, mostra-se rico e, igual faceiro. Rico com toda representação da cultura do povo do sertão, e faceiro pra causar o alarido das canções impregnadas na memória de todos os povos: “Tá caindo fulo, êh boi, tá cindo fulo...”.
Se falo de encontro, é porque se encontram também, mutuamente, as raízes dos sertanejos de Guimarães Rosa; as gravações profundas da cultura popular: no estalido do papel; na imensidão da página, na lonjura da criação. Tão seco é o sertão, tão grande a cidade e tão rica a criação dos que transitam entre esses mundos. Tal Boi desvairado de histórias a contar junto aos homens inacabados da cidade, tais os homens a recriarem infâncias de cantigas, das folias de reis, da catira, do congado, da extensão de suas memórias.
Elemento único pra descrever esses encontros é, talvez, a imensidão de nossa alegria e brincadeira. Porém, devemos nos deter a outro que é ainda mais importante, justamente, por se tratar de nossa atividade cultural permanente, que rege forças para um levante contra um mundo de injustiças e perver(c)idades. Esse elemento é o único que pode definir um estreito caminho que há entre o homem e o sertão; a criatividade e a morte; entre a cidade e a construção do homem que nela reside.
De qual elemento que falo? Do Infinito.















À luta, à voz!
Rogério Coelho

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sarau a poética e a dialetica que vem da periferia



Sarau Coletivoz
Convida todos para,



Terças Poéticas
Jardins Internos do Palácio das Artes.
Dia 18 de agosto as 18h30
Entrada Gratuita


A poética e a dialética da periferia”


Poetas-Rappers:

Ice Band

E os Sobreviventes:

Rogério Coelho (Sarau Coletivoz)
Mc Léo AN (Comando Mineiro do Rap)
Black W
Rapper Blitz
(Crime Verbal)
Ti-Julim (Elemento Ponto S)
Bill e L.A Drão (Movimento Periferia Criativa)
Eli (Arte Favela)


Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, Centro) Informações: (31)3236-7400






Divulgação

sábado, 15 de agosto de 2009

Brilhantes poetas

Muita energia na exposição de INÁCIO SERTEBRALHE. Companheiro na militância cultural, ele se diz apenas um apaixonado pelo click verdadeiro e justo sobre a vida dos nossos contemporâneos.

Curtam ai algumas fotos.
Valeu demais inácio.

À luta, à voz!

Rogério Coelho










Grande DW "A corte", e Cia.









terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Brilhantes operárias"

Salve Poetas!

Nesta quarta (05) temos o prazer em receber o fotógrafo Ignácio Sertebrale, que trará ao Coletivoz sua exposição "Brilhantes Operárias". Um olhar minuncioso sobre o trabalho fundamentado das mulheres de Contagem. Vamos conferir!!


À luta, à voz!

Rogério Coelho


Jornal O tempo, sobre a exposição:

Homenagem às mulheres

Exposição itinerante que retrata histórias de "Brilhantes Operárias" de Contagem.
Elas fizeram história e deram impulso às conquistas femininas, cada vez mais freqüentes. Enfrentaram preconceitos, foram ridicularizadas, mas não desistiram. Assim como elas, mulheres da década de 70, muitas outras ganharam seu espaço no mundo. O projeto, desenvolvido pelo fotógrafo Inácio Sertebralhe Filho e apoiado pela Revista PontoCon, Prefeitura Municipal de Contagem e Secretaria Municipal de Saúde, retrata, ao longo deste período, a realidade de algumas mulheres da cidade que, além de mãe, esposa e dona do lar, desenvolvem atividades até pouco tempo consideradas masculinas, por exemplo, ser juíza de futebol, motorista de ônibus e motogirl. "Gosto de fotografia desde os meus 9 anos e depois de um tempo de trabalho passei a observar o dia-a-dia das mulheres de Contagem, principalmente as que desenvolvem atividades até pouco tempo consideradas masculinas", conta o artista Inácio. De acordo com o secretário da Saúde de Contagem, Eduardo Caldeira Souza Penna, esta parceria entre órgãos públicos e privados só contribui para que Contagem possa homenagear e mostrar a força e conquistas das mulheres do município. "Com fibra, trabalho, dedicação e carinho, nossas mulheres ajudam a construir uma cidade com mais saúde e cada dia melhor."












segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ares da Coletivoz por aí!

poetas trabalhadores!

Muito concreto tem se construído com a massa poética da Coletivoz. Encontros de aniversários de movimentos à Boi Rosado; de encontros à festivais; de poesia à forma. Forma que concretizamos algumas coisas importantes, como a parceria com o MPC – movimento periferia criativa, que vem dando frutos bons e duradouros; Parcerias com o Boi Rosado, que traz o sertão de Guimarães Rosa aqui pro nosso asfalto de reflexão diária; encontros com o teatro, no espaço de interatividade que a poesia deve causar, assim como causa também introspecção. Depende do “gole”, do porre ou do beijo que ela escancara!
Vejamos alguns méritos desse povo poético e militante por uma política cultural mais justa e humana.

À luta, à voz!

Rogério Coelho
Grandessíssima participação de Aline Travaglia (poetisa Capixaba)

Antônio Barone

Intervenção da Cia. Crônia no parque ecológico


Vitor Guilherme



Da sala de aula pro sarau!



Cultura do gueto, seu pudim!






domingo, 31 de maio de 2009

Poesia na praça sete

Salve poetas!



Conferimos mais uma edição do “Poesia na praça sete”, que particularmente, prefiro chamar de encontro, e não de evento, pois como diz nosso camarada Epaminondas, evento “É vento”, vai embora. Onde há poesia marginal periférica, ou de resistência, fica a impressão, culminada nas vivências dos passantes. Ouvintes de todas as tribos e becos, como acontece no centro de BH. Na hora do rush, acotovelam-se gravatas, enxadas, marmitas, Ipods, Lap-tops, dreads, neo-punks, skatistas, cinesastas, estrelas e borrões da sociedade. Em meio a esse turbilhão, no marco zero de BH, disparam do morro enxurradas verbais da poesia da revolta. Nesta edição o Glorioso parceiro ICE BAND foi quem comandou as rajadas de verdade ao público belorizontino. Além de representar sua quebrada, o aglomerado da Serra, o virtuoso abriu espaço para os coletivos do C.M.R, C.D.R trinca-mente, Julinho e nós do COLETIVOZ.

Salve Ice Band!

À luta, à voz!

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Ice Band (Hudson)

C.M.R






Julinho




Rogério Salgado





Band e a Rima do morro!






Praça sete, BH