segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Excepcionalmente na terça 23/12





Excepcionalmente nesta Terça-feira 23/12, faremos o último sarau do ano. Recesso de natal e ano novo à parte, ficamos com as realizações deste 2008 que inaugurou a voz coletiva para BH. Orgulhamos-nos de ter a Coletivoz como este ponto de convergência das idéias, sabemos também que o caminho é longo e tortuoso, e por isso contamos com todos os poetas e amantes da poesia para voltarmos no dia 07 de Janeiro com força total. E que o ano novo esteja repleto de ações para as periferias, as grandes margens que emergem da luta diária. Considerando a labuta de nossos trabalhadores, de construções em construções; de prédios em prédios; de faxina em faxina; Emergentes das mãos que movimentam a massa da grande sociedade, que molda o povo, de cidadão em cidadão.



Viva a humildade do povo guerreiro!



Grande abraço,



À luta, à voz!




Rogério coelho

Lançamentos das almas poéticas na Coletivoz

Na última quarta, 17, tivemos uma grande festa na Coletivoz: dois lançamentos de peso e várias surpresas. O primeiro lançamento ficou no Rap de Kdu dos anjos inaugurando sua carreira com o cd "Sobreviventes do Terceiro Mundo", com o grupo de mesmo nome. O beat, a poesia e o flow à postos Kdu deu início à festa. Cidinha da Silva foi a próxima grande leitura. Os contos/crônicas, ora tridentianos, ora dos tambores, elevaram atenção total. Muitos ainda não tinham tido o prazer de um lançamento, e fizeram questão de adquirir o exemplar carimbado p-ela escrita pessoal da Cidinha. Guerreira de longos anos, ela estava no meio dos comuns celebrando um dia terno e de poemas leves.



Outra grande atração foi a caridade simbólica e poética, a que nos presenteou Severino Iabá. Grande artista popular que trouxe para o sarau desta quarta a alegria do movimento das Rosas. Fazendo referência ao centenário de Guimarães Rosa juntamente com o manifesto das rosas pela paz, Iabá nos contemplou com a “operação Rosas pelo mundo”, que consiste em homenagear os artistas locais com a distribuição das rosas de papel celofane acompanhada de uma cantoria popular para requerer a participação dos ouvintes. Muito rica a participação de Severino Iabá na Coletivoz. Ainda houve tempo e prazer para celebrar o aniversário de 10 anos do grupo Trama de teatro. Um compromisso duradouro com a verdade que fizemos parte. 10 anos de uma trajetória de muito compromisso com uma linguagem teatral que divide suas ações com os arredores de Minas, elevando assim o princípio de cultura popular.





Esperamos parcerias fraternas como estas, sempre com o intuito de abraçar a voz do popular e sua virtude de ser verdadeiro; na condição superior de ser estradeiro.

Valeu demais!

À luta, à voz!

Rogério Coelho



vejamos as fotos da festa:



o povo tava lá

Cidinha abrindo o tridente


Kdu: Sobrevivente do Terceiro Mundo



Grande Severino Iabá

Kaká figueirÔa e as Rosas do mundo


Grupo Trama de teatro: Patrícia e Carlos (falta o Epa, claro!)


Ângelo e Bruna da coccix Teatral (à direita); Aida e Eliane (ao fundo)



Severino e seu Antônio Barône

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Grandes lançamentos na Coletivoz do dia 17 de dezembro: Cidinha da Silva e S3M

Cidinha da Silva e S3M

Cidinha da Silva



Sobreviventes do Terceiro Mundo

Muito bom! duas grandes amizades e talentos. O sarau do dia 17 de dezembro promete muita energia com os lançamentos de "Você me deixe viu? Eu vou bater meu tambor", livro de Cidinha da Silva e o 1º CD do S3M - Sobreviventes do Terceiro Mundo. todos grandes parceiros da Coletivoz. vamos coletivar geral nesta Quarta iluminada.


Aqui vai um pouquinho de cada um, ok?!


Cidinha da Silva




Nascida em Belo Horizonte, e residente em São Paulo por mais de 15 anos, Cidinha da Silva vive hoje no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. É fundadora do Instituto Kuanza – que tem diversos trabalhos com formação, intervenção e pesquisa em educação, raça, gênero e juventude – e autora de diversos artigos e ensaios sobre relações raciais e de gênero, publicados no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Itália. Lançou “Cada tridente.em seu lugar e outras crônicas” (2006), como primeiro trabalho literário. Desde então, a historiadora dá agora vazão à escritora. “Você me deixe, viu!? Eu vou bater meu tambor! (2007)” é o mais recente trabalho literário, e já foi lançado em diversas capitais brasileiras.


O cronos da escrita crônica


Além de grande amiga, Cidinha da Silva é uma escritora efervescente. Uma grande intelectual contemporânea que confessa escrever pelos cotovelos: projetos, blog (http://www.cidinhadasilva.blogspot.com/), artigos, peças de teatro e outras escritas e afins, todas as escritas comprometidas com a crônica e seu cotidiano. As viagens pelo Brasil para o lançamento do querido “tambor” – como chama carinhosamente o livro – faz com que as redes de sua literatura ganhem dimensão e potência. A força poética declarada em sua fala e atitude transforma qualquer escrita ou encontro convencional em uma produção gostosa de se apreciar. Sua literatura também explora os dissabores, os desamores, as questões raciais e de gênero com uma fúria declarada, porém travestida pela leveza e sensibilidade da palavra. Convido a todos a ouvir e aprender com esta grande personalidade brasileira – seja pela literatura, pela cultura negra ou pela diversidade sexual. Mulher que se torna para mim, e para muitos, uma referência grandiosa, seja pela literatura ousada, seja pelo olhar sobre os diversos lados da exclusão do nosso país.
Deixo aqui a resenha desse tambor, que a Cidinha nos convida a bater junto com ela, por um Brasil mais justo.

À luta, à voz!
Rogério Coelho


(Clique na imagem para ler a resenha)



S3M – sobreviventes do Terceiro Mundo





Influenciados pelas musicas dos grupos RZO, Ao Cubo e Sabotage, o S3M nasceu em meados de 2006, no IEMG (instituto de educação de Minas Gerais). Com parceria com a direção do colégio, foi realizado em Maio de 2006 um projeto de redução de danos. Projeto realizado com sucesso, então, o grupo resolveu a compor musicas no ritmo de rap com uma leve mistura de suol. Produzindo suas próprias musicas, o S3M teve iniciativa de distribuição do trabalho em portas de show's, escolas, bares e principalmente em periferias de toda região metropolitana. A partir de então vieram os convites para cantar em eventos culturais, casas noturnas, bares, escolas, faculdades, igrejas, etc... Destacando show realizado em Paraíso do Tocantins e Palmas no estado do Tocantins, em Janeiro de 2008. Hoje com a formação inicial de Kdu dos Anjos e DJefão, o grupo esta lança seu 1° disco.

A poesia que salva

Kdu dos anjos é grande parceiro da Coletivoz. Foi um dos caras que brilhou os olhos quando falei e convidei para o projeto. Agarrou a idéia sem mesmo me conhecer. “Tudo pela cultura popular”, como sempre diz. Sem demagogia, a vida desse garoto tem sido uma verdadeira maratona cultural. Envolvido nos projetos do Fica Vivo, onde é oficineiro, vem revelando talentos. As oficinas de Rap, poesia, funk e Miami trazem à tona grandes produções culturais de adolescentes e crianças que facilmente se perderiam nas mãos do tráfico.
Um grande agitador da cultura da periferia! Assim eu o definiria, se não fosse a vontade de dizer que antes dessa missão, Kdu dos anjos (como se não bastasse o nome abençoado) é símbolo de atitude e portador de grande humanidade. Vocifera contra o sistema; esbraveja contra injustiça em suas letras, com a mesma facilidade sensível de falar de amor, e das lembranças carinhosas que trazem as “presilhas” pretas da amada que se foi.

Um agradecimento fraterno a esse grande parceiro!

À luta, à voz!
Rogério Coelho